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Cuidado com as Crianças

 

 

 

Muito provavelmente você já foi alvo de bullying quando era pré-adolescente ou adolescente. Sabe aquele colega chato que não te deixava em paz, mexia nas suas coisas, fazia piada a seu respeito e lhe colocava apelidos depreciativos? pois é, aquele coleguinha era um praticante de bullying.

Bullying é um tipo de comportamento que sempre existiu, e que recentemente foi batizado com este nome. Não existe uma tradução precisa para o português, mas refere-se a todo tipo de comportamento agressivo que ocorre sem nenhuma razão aparente e se caracteriza pelas atitudes agressivas intencionais e recorrentes praticadas por crianças e adolescentes. Esse tipo de comportamento causa nas pessoas que são seu alvo, humilhação, dor, angústia e raiva.

O Bullying começou a ser pesquisado cerca de dez anos atrás na Europa, quando se descobriu o que estava por trás de muitas tentativas de suicídio entre adolescentes. Segundo a Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Criança e ao Adolescente)o bullying não está restrito ao tipo de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana.

Com a internet, o Bullying ganha espaço também nas comunidades virtuais aumentando ainda mais o transtorno das vítimas, já que no ambiente virtual os autores da agressão podem manter suas identidades no anonimato.

A prática do Bullying é mais comum entre os meninos, o que não quer dizer que não ocorra entre as meninas. Neste caso, geralmente envolve ações de exclusão e difamação.

"Tudo começa com ofensas, palavras, que nos magoam, até que tudo ultrapassa os limites, daí batem, agridem, roubam, excluem, chegam até a nos ameaçar em casa"(relato de uma vítima de BULLYNG)

O bullying é definido em três termos:

1) O comportamento é agressivo e negativo;

2) O comportamento é executado repetidamente;

3) O comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

As ações que costumam estar presentes nessas práticas são: colocar apelidos, ofender, humilhar, discriminar, excluir, intimidar, perseguir, assediar, amedrontar, agredir, bater, roubar ou quebrar pertences, entre outras formas.

"A prática do bullying é uma forma de abuso psicológico, físico e social. É um problema mundial que infelizmente está ganhando campo nas escolas" (Abrapia)

Os sintomas e comportamentos que geralmente aparecem quando uma criança ou adolescente está sendo vítima de Bullying são: depressão, ansiedade, estresse, dores não-especificadas, perda da auto-estima, problemas de relacionamento, abuso de drogas e até suicídio.

Quando o bullying é praticado no ambiente escolar e não há intervenção, todos os alunos são afetados negativamente. Por isso as escolas e as famílias precisam se capacitar para aprender a diagnosticar os sintomas de bullying porque quanto mais cedo houver tratamento, maior a chance de ajudar a vítima e o praticante.

Bem, a primeira dificuldade que os pais e as escolas enfrentam é a de identificar se seu filho/aluno está sendo alvo deste tipo de comportamento, pois a criança ou adolescente que se sente ameaçado reluta para falar a respeito. Então, fique atento aos seguintes sinais:

Seu filho...

- Demonstra falta de vontade de ir à escola;

- Sente-se mal perto da hora de sair de casa;

- Pede para trocar de escola;

- Pede sempre para ser levado à escola;

- Muda frequentemente o trajeto entre a casa e a escola;

- Apresenta baixo rendimento escolar;

- Volta da escola, repetidamente, com roupas e materiais rasgados;

- Chega muitas vezes em casa com machucados sem explicação convincente;

- Parece angustiado, ansioso e deprimido;

- Tem pesadelos constantes com pedidos de “socorro” ou “me deixa”;

- “Perde” repetidas vezes, seus pertences e dinheiro.

E se o seu filho for um autor de Bullying? O que fazer?

Em primeiro lugar, é preciso conversar. Saiba que ele está precisando de ajuda! Não tente ignorar a situação, mas mantenha a calma. Controlar sua própria agressividade é imprescindível. Mostre que você sabe o que está acontecendo, e procure entendê-lo. Demonstre que o ama, porém deixe claro que você não aprova esse comportamento. Enfatize que isso é errado e que não deve ser repetido. Procure saber o porquê ele está agindo assim. Garanta a ele que você vai ajudá-lo. Estabeleça limites firmes e o encoraje-o a pedir desculpas a quem possa ter agredido, seja pessoalmente ou por carta. Destaque coisas positivas para melhorar a sua auto-estima e procure criar situações em que ele possa se sair bem, elogiando-o sempre quando isso ocorrer. E finalmente, mas não por último, entre em contato com a escola, converse com professores, funcionários e amigos que possam ajudá-lo.